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Caderno Pesca

Alto-mar: uma pescaria fascinante
Aventura nas imediações da Plataforma de Merluza, em Santos, resultou em atuns, cavalas e outros peixes

Paisagem: pôr-do-sol da Plataforma de Merluza

(Texto: Ilton Toshio Nomura)

Quando imaginamos uma pescaria em alto-mar, logo pensamos em enjôo, mal-estar, ondas balançando a embarcação e prováveis complicações estomacais.

Mas nem sempre é assim. A predisposição para esses sintomas, somada à falta de cuidado com o dia que antecede a viagem, pode desencadear uma complicação numa pescaria, porém alguns cuidados podem ser tomados para evitar esse contratempo.

Inicialmente, uma noite anterior bem dormida, com uma refeição bem leve à base de frutas, verduras e alimentos de fácil digestão ajudam a manter o estômago leve e menos suscetível a desarranjos. Frituras, gordura, carnes gordas, temperos fortes e bebidas alcoólicas tendem a provocar distúrbios estomacais e podem causar problemas na pescaria, por isso, evite-os.

O cheiro do óleo diesel associado ao odor de iscas naturais como sardinhas e lulas também tendem a colaborar para o mal-estar. Se você estiver mareado, respire fundo em local bem arejado e procure olhar para pontos fixos no horizonte, não se concentrando na parte interna do barco.

Tomando todos os cuidados necessários para realizar essa pescaria, para não perdermos a viagem, embarcamos numa aventura rumo às imediações da Plataforma de Merluza, em Santos – estrutura que atrai muitos peixes grandes, cravada a cerca de 100 milhas da costa paulista. Isso significa quase cinco horas a bordo de uma moderna lancha equipada especialmente para esse tipo de aventura.

Técnicas

Fomos em cinco pescadores, Pedro Abate, Sérgio Miled, Adalberto Branco, Pedro Simomoto e eu. Fizemos três tipos de pescaria – trolling ou corrico, pincho ou arremesso de iscas artificiais e jigging – pesca vertical com jumping jigs.

Na pesca de corrico, utilizamos varas pesadas, de 60 a 80 libras, equipadas com carretilhas grandes para cerca de 300 metros de linha multifilamento número 5, e iscas de barbala longa da Rapala e Storm. Essa pesca visa à captura de grandes atuns, albacoras, cavalas, dourados e até peixes de bico.

Na pesca de pincho, o objetivo era a captura de atuns, bonitos e dourados, e as iscas utilizadas foram as de superfície e meia-água. O equipamento era composto de vara de 25 ou 30 libras, 7 pés de comprimento e carretilha para 150 metros de linha multifilamento número 4.

Na pesca de jigging, a idéia era capturar grandes olhetes, olhos-de-boi, atuns, namorados, chernes e outros peixes de fundo. A vara era para peso de até 150 e 250 gramas e molinetes tamanho 6 mil e 8 mil.

 
Hora de pescar
1- Namorado: Sérgio segura um de seus troféus
2- Sérgio e a cavala: peixe tem dentes muito pontiagos e afiados
3- Ilton e o dourado: comemoração

Começamos o dia corricando nas proximidades da plataforma. Logo embarcamos duas cavalas e tivemos ação de mais uma. Fizemos outra passada e mais uma cavala. Foi assim durante cerca de duas horas, nas quais fisgamos cerca de dez peixes.

A cavala é um peixe que tem a boca inteira forrada de dentes pontiagudos e afiados e deve se ter muito cuidado ao manuseá-la. Seu peso chega a mais de 60 quilos, sendo mais comuns exemplares na faixa de 10 a 20 quilos de peso.

No entardecer, ficamos à deriva, utilizando iscas de superfície, meia-água e “jigando” para ver o que acontecia. Um cardume de atuns não deu trela para nós e passou a avançar sobre os jumping jigs de 80 e 100 gramas da NS, e logo fizemos a festa. Porém, eram peixes de 2 a 4 quilos, mas a diversão estava garantida, pois era um atum a cada dois ou três pinchos.

Os grandes olhetes, pitangolas e olhos-de-boi não compareceram à festa e, quando vinham, estouravam as linhas nas estruturas próximas à plataforma de petróleo. Um grande dourado ainda foi capturado com uma isca de superfície, a Pampo da KV, muito boa para esse tipo de pescaria. Esse dourado foi muito comemorado por mim e pelo Sergião, que me ajudou a localizar o peixe na hora do arremesso.

Ficamos a noite inteira pescando, quando de repente o tempo virou e uma inversão térmica chegou, fazendo-nos bater em retirada para a costa. Foram quase oito horas de navegação na volta, com o mar revolto e bravo.

No final, o balanço da pescaria: muitos atuns, algumas cavalas, alguns dourados, um pequeno cherne e um namorado.


Serviço: Via Costeira Pesca
T el.: (11) 5012-5477 - Site www.tucuna.com.br

* Ilton Toshio Nomura é pescador esportivo, atua no ramo da pesca há 11 anos e dá assessoria técnica para pescadores iniciantes. E-mail: ilton@tucuna.com.br

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