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Arquivo NippoBrasil - Edição 092 - 22 a 28 de fevereiro de 2001
 
Hokkaido: quatro estações de puro encantamento

(Fotos: Divulgação)

Um mundo de águas claras e belezas naturais

Você logo sente a diferença quando chega a Sapporo, a maior cidade de Hokkaido e a quinta no Japão. A primeira grande diferença com outras metrópoles japonesas são as grandes alamedas. Ao contrário de cidades antigas, Sapporo, fundada no final dos anos 1870 sob comando americano, destaca-se. É improvável que os turistas de primeira viagem não se entusiasmem com o local.

Um passeio ao Parque Odori, o gramado coberto por uma manta de flores, divide a cidade em duas: norte e sul. Localizado a poucos metros da Estação Sapporo, este é um dos parques e jardins mais belos da cidade. Outros dois que merecem destaque são: o Parque Nakajima e, ao extremo sul da cidade, o Parque Makomanai. Eles não tem os jardins mais famosos do Japão, por outro lado a entrada é franca. Não há cercados ou placas como “mantenha-se longe do gramado”, e você não será perturbado por aqueles guias que dão instruções em megafones.

Bicicleta
Por que não alugar uma bicicleta e seguir o Rio Toyohira, que atravessa a cidade até próximo ao interior? Andar de bicicleta seguindo a margem do rio é uma maneira deliciosa de fugir da correria da cidade. O verão em Hokkaido é bem fresco e menos úmido do que no sul do país, você pode andar por horas sem se cansar.

A vida noturna em Sapporo está concentrada em Susukino, uma cidadezinha repleta de bares e restaurantes que empregam nada mais, nada menos do que 25 mil pessoas.

Hora de deixar Sapporo, mas antes, não esqueça de dar um pulinho em Otaru, próximo suficiente da cidade grande para se arriscar a se perder na sombra.

Perto sim, mas em mundos bem diferentes se considerarmos a atmosfera. Otaru é uma das poucas cidade “históricas” de Hokkaido. Mas aqui, “história” sugere algo bem diferente do seu sentido mais tradicional. Bancos com construções centenárias e lojas de pedra, arquitetura única, estão para Otaru assim como os templos milenares estão para Kyoto. No início do século 20, foi Otaru e não Sapporo que ficou em primeiro na economia crescente de Hokkaido; seu porto era o centro comercial de grãos que iam para a Europa e Rússia. Por volta de 1935, ocorreu o fim do crescimento. As empresas mudaram para Sapporo. Hoje, Otaru é uma cidade turística, vivendo de recordações marcadas pelo tranqüilo canal onde um dia, foi movimentado pelos navios de carga, por bares e restaurantes.

A História de Otaru é, ao mesmo tempo, moderna e mais antiga que a História do Japão como um todo, pois a cidade manteve-se em destaque na época da Era Jomon. Esses vestígios são encontrados no Museu Otaru (Otaru Museum) do outro lado do canal. Melhor ainda, faça uma visitinha a Oshoro, nos arredores a oeste de Otaru que leva ao misterioso círculo de pedras de Oshoro.

Posto de observação astronômica? Lugar de adoração? Terra Santa? Ninguém sabe. Tudo o que se vê é um círculo de pedras muito mal organizado medindo 33 metros de norte a sul, 22 metros de leste a oeste. É o primeiro e o mais largo artefato desse tipo a ser explorado no Japão.

A viagem ao sul para Hakodate pede por duas calmas paradas. A primeira é na cidade Ainu em Shiraoi. Há muitos anos, por volta do século XIX, o afluxo de “colonizadores”, habitaram Ainu calmos, caçando ursos, pescando salmões, e adorando os deuses que viam em tudo o que era ser vivo. O urso era o deus da montanha; o salmão, deus dos rios e assim por diante. Hoje eles vivem em número reduzido e sua língua está extinta. Ainu preserva o que eles podem preservar de sua cultura em cidades aborígenes como Shiraoi.

 

Onsen
A segunda parada é em Noboribetsu. O maior onsen e, sem dúvida, o maior fluxo de água mineral em toda Ásia.

Hakodate tem sua própria história a ser contada: foi um dos primeiros portos ao longo de Yokohama e Nagasaki para ser aberta às pressas ao comércio externo em 1859. A cidade tem apresentado um ar cosmopolita desde então, mais visível hoje no Old British Consulate, no Chinese Memorial Hall, no Halistos Greek Orthodox Church, e no Trappistines Convent, famosos por sua bala e manteiga.

O monte Hakodate só tem 335 metros de altura e ainda no topo, um posto de observação da Segunda Guerra hoje propicia uma paisagem noturna magnífica.

Não vá embora sem antes passar na feira de Hakodate, aberta desde às 5h até o meio-dia, exceto aos domingos, onde se pode notar o caos do mercado de peixes, os alimentos secos, o fast-food, o barulho e, como dizem, um dos melhores preços em todo Japão.

Oito minutos de trem a nordeste de Sapporo encontra-se a segunda maior cidade de Hokkaido, Asahikawa. Agora estamos na área montanhosa da ilha. Asahikawa é interessante àqueles visitantes de primeira viagem como um ponto de encenação às expedições, perto do Parque Nacional Daisetsuzan, o maior parque do arquipélago e o “teto” de Hokkaido, que tem 2.290metros. A temporada de esqui vai até junho.

A paisagem no alto do Asahidake faz, de um dia de escalada, um dia muito agradável. O pé da montanha está repleto de pequenas flores silvestres. A medida que você sobe, a beleza do caminho das flores dá lugar a um clima sombrio: o borbulhar das poças de enxofre e rochas nuas. O cheiro de ovos apodrecidos lhe acompanham pelo caminho. O cume, às vezes, fica coberta pela névoa.

Ao sul, descendo de Daisetsuzan termina na planície Tokachi, o coração industrial de Hokkaido. Seria difícil imaginar uma paisagem maior não japonesa. Rebanhos de vacas, um raro sinal em outra localidade no arquipélago, pastam na vasta fazenda de 65 hectares da área. Compare isso com o típico 0.8 hectare da fazenda Honshu.

A leste de Tokachi está o porto de pesca de Kushiro. O Parque Nacional Kushiro Marshlands, nomeado Monumento de Vida Nacional estende-se ao norte ao longo da superfície pelo rio Kushiro, um paraíso aos pássaros emigrantes e habitat de inverno às garças vermelhas japonesas.

Elas observam a região com suas longas pernas, apontando o bico, o corpo branco e preto, com uma coroa de plumas vermelhas na cabeça. Quarenta anos atrás, elas estavam à beira da extinção. Observe-as agora, enquanto dá um passeio pelo bosque.

Uma hora de carro de Kushiro leva-o ao Parque Nacional Akan e a seus três lagos: Akan, Kussharo e Mashu. Entre os Lagos Kussharo e Mashu, encontra-se o Monte Io. Este é um vulcão, e sim, ele está ativo. Na verdade, o parque todo é um caldeirão de atividade vulcânica do passado e do presente. O lago Akan foi formado pela erupção do monte O-Akan há muito tempo e hoje está dormente. No centro do lago Mashu você irá notar o topo do vulcão submerso chamado Kamuishu.

O lago Mashu é, simultaneamente, um dos mais límpidos e mais obscuros lagos do mundo. Num dia de sol, você consegue ver até 40 metros de profundidade. Mas a neblina na montanha é densa e, a menos que você seja uma pessoa de muita sorte, você se verá cercado de névoa.

De Akan, para o extremo norte da Península de Shiretoko. “Shiretoko”, na linguagem de Ainu significa “fim do mundo” e isso é exatamente o que se sente. Não há nenhuma estrada que conduza ao interior da península. Aqueles que gostam de fazer trilha, traçam seu próprio caminho a partir da estrada costeira e devem estar atentos, pois lá, naqueles bosques, pode-se deparar com um urso.

Hokkaido é o “outro Japão”. É a principal ilha ao norte do arquipélago; vasto, quase intacto até 150 anos atrás. Mesmo hoje, há uma fronteira para esta remota região. É como se cidade e campo respirassem o mesmo ar. Você viaja a todo lugar no Japão para reviver o passado e vai a Hokkaido para escapar disso.

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