Que
tal resgatar os velhos tempos de um Brasil antigo conhecendo a
cidade chamada carinhosamente de a jóia do colonial
mineiro?
Distante
a 190 quilômetros de Belo Horizonte, Tiradentes foi fundada
em 1746 e preserva até hoje o modelo arquitetônico
do século 18. Em 1938, foi tombada pelo Patrimônio
Histórico.
Há
muitos locais de importância nacional para serem vistos.
De monumentos a igrejas, passando por simples ruelas, e ainda
o Chafariz Colonial. Se preferir começar pelos monumentos,
visite o prédio da antiga cadeia, o antigo Fórum
e a Casa da Câmara.
Em
direção às igrejas, a Matriz de Santo Antônio
merece ser apreciada, uma vez que sua fachada principal foi refeita
em 1807. A Matriz nasceu de uma pequena capela de madeira, no
tempo dos bandeirantes paulistas, ainda por volta de 1700. Um
dos mais visitados por turistas, sua construção
é bastante requintada. Há altares de ouro e pinturas
de teto de João Batista da Rosa, discípulo de Aleijadinho.
O estilo rococó do coro e do órgão destacam-se
ao lado de um relógio de sol em pedra-sabão, feito
por Aleijadinho.
A Igreja
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é outra boa
dica de visitação. Em alvenaria de pedra, a irmandade
do Rosário congregava os negros nascidos na África.
Além das duas, vale a pena conhecer igrejas antigas como
Nossa Senhora das Mercês (1769), a do Bom Jesus Agonizante
(1750), a de São Francisco de Paula (1750) e a do século
18, do Santo Antônio das Canjicas.
Depois
desse roteiro, continue o passeio indo ao Chafariz Colonial. Trabalhada
em pedra sabão azulada, sua construção data
de 1749. Suas três faces jorram água potável
e há ainda um oratório com imagem de São
José de Botas. De lá, aproveite para visitar a Fazenda
do Pombal, além da própria Serra de São José.
Andar
na Maria Fumaça é também uma diversão.
Pode-se apreciar o melhor da paisagem porque o trem cruza várias
vezes o Rio da Morte, passando por lugares de formação
natural, até atingir São João Del Rey. Quem
pretende chegar à Tiradentes através dele, ganha
uma viagem tranquila entre planícies e vegetação
abundante. A Maria Fumaça é uma antiga locomotiva
Baldwin, e inspira os turistas a visitarem também o Museu
Ferroviário de São João Del Rey. Inaugurado
em 1881, nele encontra-se documentos, fotos e equipamentos que
contam a história das ferrovias em Minas Gerais.
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Opções
atraentes
Ruas
têm o charme dos
vilarejos do século passado
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Nada
melhor que conhecer um lugar repleto de alternativas turísticas.
Em qualquer parte do ano, além dos passeios inusitados
- como as oferecidas em charretes que circulam a região
o próprio comércio local acaba atraindo os
turistas.
Em
Tiradentes, as antiguidades são uma das especialidades
da região. Trabalhos manuais com muitos tapetes, colchas,
toalhas e roupas bordadas são vendidos a preços
convidativos. Se puder, visite a loja Ponta do Morro do Artesanato,
bem em frente a Matriz de Santo Antônio.
Para
aproveitar ao máximo sua estadia, você ainda pode
montar seu roteiro passando pelo Museu da Inconfidência,
indo a Igreja de Bom Jesus da Pobreza, onde funciona uma galeria
de arte, além nadar no Balneário das Águas
Santas.
Caso
ainda não tenha partido de sua cidade, aproveite para ver
qual a distância aproximada entre Tiradentes e algumas capitais.
Assim, poderá programar melhor sua viagem. De São
Paulo, 480 quilômetros, Rio de Janeiro (330 Km), Brasília
( 770 Km), Vitória (730 Km), Recife (2275 Km) e Salvador
(1586 Km).
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Personalidades
ilustres
Os
mineradores foram os primeiros habitantes da cidade que era chamada
de Vila de São José das Mortes, até 1889.
Após a Proclamação da República, a
partir daquele ano, em homenagem a Joaquim José da Silva
Xavier, oTiradentes, a cidade foi então rebatizada.
Mas,
além do mártir da independência, o poeta Basílio
da Gama, o botânico frei Mariano da Conceição
Veloso e o compositor Manoel Dias também deixaram sua contribuição
para a história do País e de Tiradentes.
Alguns
locais como o Largo das Forras, na praça da cidade, foram
marcados pela passagem dos escravos, que lá festejaram
a conquista da alforria. Hoje, apesar do sereno Rio das Mortes
correr tranquilo, no passado, foi local de batalhas entre brancos
e índios, e da Guerra do Emboabas.
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