(Fotos:
Divulgação)
Fernando
de Noronha é considerado um dos paraísos de ilhas
do mundo, juntamente com Taiti e Ilhas Fiji. O que esperar de
tal paraíso? Tudo o que se possa imaginar. Suas águas
são incrivelmente azuis como em nenhum outro lugar do Brasil.
As praias, maravilhosas e preservadas. A do Sancho foi escolhida
como uma das dez mais bonitas da atualidade, juntamente com a
de Carneiros, citada na edição de número
32, na matéria de Pernambuco, e a de Jericoacoara, também
lembrada na edição 36 sobre as praias do Ceará.
Comparar
esse arquipélago de águas límpidas e mornas,
com temperatura média de 26ºC, a paraísos como
as Ilhas Maldivas, Galápagos e Jamaica é mais do
que justo. Fernando de Noronha tem preocupação ecológica
de primeiro mundo, com taxas ambientais para entrada logo no aeroporto,
limite de pessoas por passeio e a vital proteção
dada pelos anjos da guarda marinha, que asseguram
a vida de famílias inteiras de golfinhos rotadores, responsáveis
por espetáculos grandiosos de saltos e nados bem próximos
aos barcos de passeio pela baía de dentro, voltada para
o litoral de Pernambuco.
Fernando
de Noronha foi descoberto em 1503 por Américo Vespúcio
durante uma expedição comandada por Gonçalo
Coelho e financiada pelo português Fernão de Noronha.
A esse homem foi doado o arquipélago como Capitania Hereditária
e por esse motivo tal paraíso foi assim denominado.
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O
melhor passeio é o de barco. Saindo do Porto de Santo Antônio
com duração de mais ou menos três horas e
navegando pelo mar de dentro. Passa pela Ilha do Meio, Ilha Rasa,
e pelas praias Porto, Conceição, Boldré,
Bode, Cacimba, Baía dos Porcos, do Sancho e um dos pontos
mais conhecidos da Ilha, a Baía dos Golfinhos, além
da Ponta do Sapata. Durante o trajeto, muito provavelmente encontraremos
os golfinhos rotatores que acompanham os barcos de turismo. A
parada na Baía do Sancho para um mergulho livre é
obrigatória, já que essa é considerada por
muitos como a mais bonita do arquipélago.
O passeio
de buggy é igualmente encantador e passa pelas praias voltadas
para o leste. Nas piscinas naturais formadas pelas altas das marés
é possível mergulhar por entre arraias, cações,
moréias, frades, budiões, sargentinhos e corocas.
No mergulho livre os turistas têm uma pequena noção
da complexidade desse outro mundo. As praias do mar-de-fora mais
visitadas são a do Leão (reduto ecológico
de proteção às tartarugas marinhas), Ponta
das Caracas (onde estão as piscinas naturais), Baía
Sueste (nas proximidades uma raridade ecológica: o único
mangue em ilha oceânica no Brasil), praia de Atalaia (com
pedras negras que lembram as de origem vulcânica) e Enseada
da Caeira.
Mergulhar
nas águas claras desse arquipélago é passeio
obrigatório. Depois de mergulhar na Praia do Atalaia, um
verdadeiro aquário natural formado na maré baixa,
não há quem não se aventure a realizar o
batismo, descida com equipamentos de mergulho e cilindro com o
acompanhamento de um instrutor. Para os mergulhadores, não
há melhor lugar para a prática desse esporte no
Brasil. A melhor escola da região é a Águas
Claras. Se tiver tempo, é possível fazer o curso
com aulas práticas e teóricas ali mesmo.
A
caminhada histórica é como uma espécie de
city-tour, que se inicia na Vila de Nossa Senhora dos Remédios,
onde se conhece um pouco da história do arquipélago.
A visita inclui o Palácio São Miguel, as ruínas
de antigos presídios, a Igreja Nossa Senhora dos Remédios,
o Complexo Turístico do Cachorro. Depois, sobe-se até
o Forte de Nossa Senhora dos Remédios. Então, caminha-se
na trilha que passa pelas praias do Cachorro, do Meio e da Conceição.
O banho de mar e a contemplação do entardecer finalizam
o passeio em meio à natureza.
Caminhada
da Praia da Conceição: trilha que tem início
na Praia do Cachorro e percorre as praias do Meio e Conceição.
O passeio vale a pena por passar pelas praias de surfe, como a
do Americano, do Bode e Cacimba do Padre. O que encontramos à
frente é uma belíssima trilha na encosta do morro
até a enseada da Praia do Sancho. Após um merecido
mergulho em suas águas cristalinas, a subida é por
uma fenda em um penhasco até o mirante do Sancho. Desse
ponto é possível subir pela terra até o Mirante
dos Golfinhos.
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