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Arquivo
NippoBrasil - Edição 050 - 27 de abril a 3 de maio
de 2000
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Cursos
no exterior:
Mais que intercâmbio cultural, uma experiência
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(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
A
tecnologia, diziam os entendidos no assunto, faria com que as
pessoas pudessem trabalhar menos e ter mais tempo para o lazer.
Isso é verdade em partes. O que está acontecendo
é que os trabalhadores têm que estar cada vez mais
preparados para assumir outros cargos, já que muitos estão
se extinguindo. Como vimos há pouco tempo nos noticiários,
não foi possível um aumento considerável
do salário mínimo e nem a diminuição
pretendida da jornada de trabalho. Portanto os que conseguem ficar
em seus empregos devem se mobilizar para estarem cada vez mais
preparados!
O segundo
e até o terceiro idioma são indispensáveis
hoje em dia. E estudar no exterior tem sido visto como uma das
melhores formas de se aprender e obter fluência no idioma.
Mas mais do que aprender a falar outra língua, o aprendizado
no exterior é uma experiência a mais na vida das
pessoas. Enquanto levamos muitos anos estudando aqui, em outro
país é possível conseguir um aprendizado
em menos de um ano. Fora as oportunidades de realizar cursos em
áreas de interesse, como por exemplo turismo, finanças,
marketing, chegando até cursos de dança e de especialização
em medicina.
Em
uma viagem a turismo não se tem a predisposição
para aprender. Tem de haver a concentração para
não se pensar em português. O mínimo que se
recomenda passar em outro país é 4 semanas, já
que muitos possuem somente esse tempo em suas férias. Os
que têm oportunidade de ficar de 3 meses a 1 ano são
privilegiados, pois além de ter mais tempo para incorporar
o novo idioma, outra cultura, terão também a chance
de estar se adaptando a um ambiente totalmente diferente do seu.
A diferença de comportamento, como por exemplo no Japão,
onde não é comum haver contato físico ao
cumprimentar um colega, faz com que adquiramos consciência
de como os executivos deste país se comportam diferentemente
dos brasileiros.
O brasileiro
tem sempre um jeitinho para justificar seu atraso.
Já o inglês nunca entenderia essa atitude. É
preciso compreender que cada cultura é diferente e a troca
de informações neste caso é muito importante.
Quem pode estar passando um tempo fora sabe o que isso significa.
Não só para o currículo, uma vez que as empresas
estão cada vez mais exigentes com relação
ao inglês e ao espanhol, basicamente, mas também
para o desenvolvimento pessoal. Trabalhar fora é também
um grande diferencial. Mas estudar enriquece o espírito
e o intelecto.
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A
escolha do país
Muitas pessoas escolhem o curso dentro da localidade que deseja
conhecer. Isto é muito importante, pois estando numa cidade
interessante torna-se mais prazeroso o aprendizado. Mas se a procura
é por uma escola especificamente, ou então um curso
que só tem na Itália, por exemplo, a situação
é diferente. Recomenda-se escolher uma empresa que indique
as melhores opções existentes no mercado.
Mas
quais são as peculiaridades de cada localidade? Falar de
todas é impossível, precisaríamos ter uma
aula de geografia e sociologia. As peculiaridades das mais comuns,
que merecem atenção por oferecer cursos bons serão
expostas a seguir.
Califórnia
O país
mais requisitado ainda é os Estados Unidos. O que muitas
vezes pode se tornar um empecilho para o aproveitamento do estudante
é o grande número de pessoas de uma mesma nacionalidade.
Por outro lado há uma grande diversidade de instituições
de ensino. As cidades mais agradáveis são as da
Califórnia, com suas praias, parques e a grande infra-estrutura
esportiva. Ainda contam com a Universidade da Califórnia,
com diversos campus em várias cidades, como São
Francisco e San Diego. A alternativa seria escolher a cidade de
Santa Bárbara, que tem toda a estrutura das outras UCs,
mas é menos famosa. Nas cidades de Nova Iorque, Filadélfia,
Boston e Chicago é possível encontrar cursos específicos,
além dos de idiomas. São cidades cosmopolitas, para
os que gostam da correria e da movimentação.
Inglaterra
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O Canadá
não possui tanta fama ainda por ser mais frio. Por este
motivo oferece algumas ótimas opções para
quem prefere distância do português, pelo menos enquanto
estiver em país estrangeiro. A cidade de Vancouver é
espetacular, com povo amistoso, diversas atrações
para quem curte esportes e natureza. E ainda a possibilidade de
esquiar próximo às Montanhas Rochosas. Os parques
ficam mais lindos na primavera. Aliás, AGORA !!! Se preferir
a imponente Toronto, também vai voltar muito satisfeito.
Além do inglês é possível aprender
francês, optando-se por cidades como Montreal, que no segundo
semestre encanta devido à sua coloração alaranjada.
Já
a Inglaterra é para os que estão acostumados
ao idioma britânico e querem aproveitar a seriedade de suas
escolas e a possibilidade de estudar e viajar. Londres é
linda e muito rica historicamente. Mas cidades próximas
como Bournemouth são bastante agradáveis também.
Na Europa encontram-se as melhores localidades para o aprendizado
do francês, italiano e alemão.
Austrália
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Mas
para os que gostam de uma aventura e não é a rotina,
a escolha correta é pela Austrália ou Nova
Zelândia. Os cursos são muito bons e normalmente
oferecem atividades extra-classes. Na Austrália as melhores
cidades são Sydney, Melbourne e Cairns, com sua enorme
Barreira de Corais. Para quem gosta de exotismo é possível
ainda optar pela África do Sul, que está com tarifas
reduzidas, mas é preciso verificar se ainda há problemas
com a segurança. Haviam noticiado um número razoável
de ataques contra mulheres neste país.
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Dicas
Para os que estão decididos e já escolheram
seu curso, aqui vão algumas dicas :
Guarde o passaporte em local seguro, pois este é o único
documento válido fora do Brasil. Verifique se há
cofres na sua moradia. Ande somente com uma cópia e caso
o perca procure imediatamente o Consulado.
Antes de viajar faça um roteiro, caso pense em passear
pelos arredores. Pesquise sobre o seu destino para tomar conhecimento
da temperatura, festas, etc.
Leve somente o necessário e lembre-se que por mais que
não se planeje, você irá trazer alguma lembrança
e que ela deverá caber na mala. E não se esqueça
de ter uma identificação com seus dados pessoais
e também uma fita colorida para distingui-la das demais
na esteira de bagagens.
Preocupe-se com seus bens materiais não descuidando de
bolsas e malas.
É aconselhável que se ande com uma bolsa de cintura
ou um bolso falso para carregar dinheiro. Travelers são
bons por poder descontar somente quando necessário.
Confirme sua passagem de volta e marque os assentos com pelo
menos 72 horas de antecedência. Se não o fizer
sua reserva pode ser cancelada.
Em compras você só tem direito a US$ 500 e mais
US$ 500 no Free Shop.
Verifique se você tem assistência médica
válida no exterior. Caso a resposta seja negativa, procure
solicitar um plano para que não haja prejuízo
com imprevistos. Os exames e consultas são bastante caros.
Tomadas
todas essas providências, você estará pronto
para viajar! Caso não tenha se decidido ainda, procure
orientadores que possam ajudar em sua escolha. Não hesite
em pedir dicas para quem já foi. Mas se você está
pensando em fechar o seu curso diretamente com a escola, uma viagem
toda programada pode se transformar num pesadelo. Esta armadilha
pega estudantes que escolhem uma escola sem antes verificar a
sua credibilidade. O consultor de intercâmbio pode agilizar
e tornar sua viagem mais econômica.
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O
tipo de curso
É preciso verificar se a escola tem experiência no
ensino para que não se tenha uma decepção
na volta. É claro que em todos os momentos de sua estadia
fora do Brasil você terá contato com o idioma, mas
tendo um curso de melhor estrutura é possível aproveitar
melhor o tempo que se tem. Além dos cursos de idiomas,
é possível escolher outros tipos de cursos:
High
School: para os estudantes do colegial que desejam se integrar
a uma turma nativa de modo a incrementar também o seu nível
de conhecimento em outra língua. Pode-se escolher diversos
países, dependendo da preferência.
Cursos
de Extensão Universitária: para os que querem
adquirir mais conhecimento em sua área, é interessante
pesquisar os cursos existentes no exterior. Há cursos excelentes
na área de finanças, administração,
marketing, artes, etc. Neste caso é preciso ter um nível
de inglês bom para conseguir acompanhar as aulas. Muitas
vezes é feito um curso do idioma simultaneamente.
MBA:
Os melhores cursos de Master in Business Administration não
estão no Brasil, então caso tenha interesse em aprofundar
ainda mais os conhecimentos na área, nada melhor do que
tentar uma das concorridas vagas. Somente para os que tem nível
de inglês avançado, já que serão aulas
não somente para estrangeiros. Então caso não
tenha conhecimento suficiente, existem os cursos que preparam
o estudante para este difícil, concorrido e desejado MBA.
Preparatórios:
para os que desejam ter algum certificado de universidade, por
exemplo o Cambridge ou o TOEFL, existem cursos que dão
as dicas e preparam os alunos para uma boa pontuação.
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O
tipo de moradia
Para os que preferem um contato com pessoas residentes no país
durante o maior tempo possível, é bom optar por
casa de família. Pode-se optar por famílias com
filhos da mesma idade ou até crianças. As famílias
são atenciosas e normalmente oferecem refeições.
Caso o seu interesse seja por contato com outras nacionalidades
recomendamos os Residences Clubs, que reúnem estudantes
e é possível escolher quartos individuais com banheiros
privativos. São como pensões e além de serviço
de quarto regular tem-se café da manhã mais uma
refeição diária inclusa.
Mais
liberdade ainda têm os que optam por Apartments, que saem
mais em conta se divididos com outros estudantes. Neste é
possível convidar quem quiser e ter mais privacidade para
os estudos.
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