Pôr-do-sol e vista dos pireneus
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Rio das Almas, que cruza a cidade: lazer
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(Nicolau Kietzmann
/ Divulgação / Arquivo Nippo)
Encravada
no coração do Brasil, a simpática Pirenópolis
em Goiás, é uma pequena cidade construída
no século 18 por Bandeirantes que atravessavam o Estado
em busca de ouro, encontrado no Rio das Almas, que cruza a cidade.
Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, ela traz
aos visitantes o ar bucólico de um tempo em que no cerrado
brasileiro nada tinha pressa ou a agitação dos tempos
modernos.
Pirenópolis
está localizada a 137 quilômetros de Brasília
e a 123 quilômetros de Goiânia, capital do Estado,
e teve a atenção do País inteiro no início
de setembro, com o incêndio da Igreja da Matriz de Nossa
Senhora do Rosário, que foi construída há
3 séculos, com arquitetura colonial e interior ornado com
um delicado trabalho barroco.
Próxima
à igreja velha está a casa mais antiga da cidade,
que foi abrigo usado por escravos em 1782 para construir a Igreja
da Matriz. Já a alguns passos está o Cine Pireneus,
1919, que acaba de ser restaurado.
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Atrações
turísticas
Igreja
N.S. do Rosário, a mais antiga de Goiás
Entre as
várias atrações aos visitantes, não
se deve perder a oportunidade de conhecer o Parque Estadual da
Serra dos Pireneus, que em seu ponto culminante chega a 1.386
metros de altitude e propicia uma bela vista do Cerrado. Entre
as comemorações da região, a Festa do Morro
ocorre na primeira lua cheia de julho, no conjunto das montanhas
mais importantes do Parque, o Pireneus, que é um espetáculo.
A lua e o sol ficam no mesmo horizonte por alguns minutos.
Para
quem procura natureza
Cachoeira
da Meia-Lua: paz
Aqueles que
forem curtir a natureza poderão conhecer os destinos naturais,
como o Parque Estadual da Serra dos Pireneus, a Várzea
do Lobo, o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo e a Reserva
Ecológica Vargem Grande. Nestes locais existem trilhas
e cachoeiras além de exuberantes fauna e flora.
Com sorte,
você pode encontrar um lobo-guará ou cruzar com gafanhotos
que chegam a até 20 centímetros. Sempre leve água,
pois o cerrado é muito quente e árido. Quase todas
as trilhas podem levar a uma cachoeira, que são sempre
um prêmio refrescante depois de uma caminhada. Entre elas
estão a do Lázaro, a Meia-Lua, a do Sonrisal, que,
com o bom humor local, dizem que de tão frio cura qualquer
ressaca. Outra pedida é a do Bonsucesso, que é muito
freqüentada. Já para quem procura realmente tranqüilidade
a Cachoeira do Abade é a recomendada.
Causos
de caboclos
Vista
dos pireneus: montanhas eram parecidas com as da fronteira da
Espanha-França
Um bate-papo
com um nativo também pode fazer com que o turista se encante
ainda mais pela região. Causos como o que o
nome do município foi dado por alguns estrangeiros que
diziam que o conjunto de montanhas era parecido com o da fronteira
da Espanha com a França. Caso você encontre um nativo
mais velho, não esqueça de perguntar sobre os hippies
que invadiram a região na década de 70, terá
diversão garantida com as histórias de cabeludos
com roupas coloridas que carregavam seus filhos em sacos nas costas,
como índios.
Hoje, os hippies
só estão presentes nas histórias, mas deixaram
muitas marcas. A mais forte foi o artesanato em prata com a joalheria
e suas esculturas, que são reconhecidas internacionalmente.
Muitos deles abriram restaurantes, em que são experimentados
pratos típicos como o arroz com pequi, fruta típica
da região, vaca atolada, costela de boi com mandioca e
se tiver sorte e for visitar a cidade em setembro, não
deixe de comer Baru, uma fruta que raramente você encontrará
em outro lugar do mundo. Ela, acreditem, tem gosto do mais saboroso
leite condensado!
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