(Arquivo NB)
Com
uma história que a remete para o século XVII, a
cidade de Paraty (peixe de rio, em tupi) se destaca,
hoje, pelos monumentos que levam seus visitantes à fase
da história brasileira conhecida como ciclo do ouro
quando o porto da cidade era responsável pela embarcação
do produto originário de Minas Gerais. Paraty ficou mundialmente
conhecida por possuir um Centro Histórico considerado o
mais harmonioso conjunto arquitetônico do século
17, segundo a Unesco.
Todo
esse status, entretanto, é recente. Com a queda da movimentação
do porto, no final do século XIX, aliada à abolição
da escravatura e a conseqüente escassez de mão-de-obra
-, Paraty caiu no ostracismo. Esse isolamento, que há 30
anos era considerado uma decadência, foi o maior responsável
pelo desenvolvimento de sua principal atividade econômica:
o turismo. Isso porque o tempo em que os moradores do local tiveram
pouco ou nenhum acesso ao que acontecia no mundo extra-Paraty
significou a preservação da cultura, da arte, da
culinária, das festas, e sobretudo, do patrimônio
histórico da cidade.
E como
se esquecer que Paraty localiza-se entre o mar e a montanha, possui
praias belíssimas, fauna e flora diversificadas e é
cercada por ilhas exuberantes? Impossível. Mas tão
impossível quanto desprezar tantos atributos é deixar
de visitar esse paraíso eco-histórico-cultural.
(Além é claro, de degustar as famosas e tradicionais
pingas paratienses).
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Passeios
históricos
Igreja de Santa Rita
Considerado por muitos o cartão postal da cidade,
não possui um estilo barroco tão rico quanto o baiano,
nem rebuscado quanto o mineiro. Todavia, reside justamente nessa
simplicidade o charme não só desta, mas de todas
as outras edificações da cidade. De arquitetura
jesuítica, a igreja, onde funciona o Museu de Arte Sacra
de Paraty, foi construída pelos pardos libertos em 1722.
A igreja está situada no largo de mesmo nome, ao lado da
antiga cadeia pública. Aberta ao público de quarta
a domingo das 9h às 12h e das 13h às 18h.Ingresso:
R$ 1,00 com direito à entrada no Museu do Forte.
Forte Defensor Perpétuo
Situado no Morro do Forte, foi construído em 1703
para defender a cidade contra possíveis invasores. É
válido notar as trincheiras, as celas, o terrapleno e a
Casa da Pólvora uma das raras existentes no Brasil.
O local comporta ainda o Museu do Centro de Artes e Tradições
Populares de Paraty, que fica aberto ao público de quarta
a domingo das 10h às 12h e das 13h às 18h.
Centro:
o mais harmonioso conjunto arquitetônico do século
17
Casa da Cultura
O imóvel construído no século XVIII
já foi residência, escola pública e hoje é
espaço público para exposições, cursos
e eventos. Aberto ao público de segunda à sábado,
de 9h às 12h e de 14h às 17h.
Ilhas
A
Baía de Paraty, com 65 ilhas e mais de uma centena de praias,
é um prato cheio tanto para os animados que praticam ecoturismo
quanto para os mais preguiçosos, que buscam apenas uma
bela paisagem para ser contemplada.
Ilha Deserta
Em frente à Ponta da Cajaíba, fica a 90 minutos
do cais de Paraty. O lajeado que caracteriza o local constitui
o habitat natural dos mais diversos tipos de peixes. Sua intensa
vida submarina, povoada por cardumes, e a boa visibilidade das
águas limpas e transparentes fizeram da ilha
um concorrido ponto de mergulho.
Ilha do Algodão
Situada a 45 minutos do cais de Paraty, esta é a maior
ilha da baía. Com uma imponente Mata Atlântica, várias
espécies nativas saltam aos olhos: araribás, louros,
cedros, coqueiros, palmeiras, entre outras. Na ilha é possível
também se deparar com pequenos animais como tatu, cotia,
paca, preguiças, porco-do-mato.
Ilha Duas Irmãs
A 10 minutos do cais de Paraty, a simpática ilha é
constituída por pequenas formações rochosas
situadas a curtas distâncias umas das outras e cobertas
por bromélias. Seu entorno pedregoso torna-se abrigo e
refúgio para peixes e crustáceos. Assim, lá
se pode encontrar espécies marinhas como caranguejos, carapaus,
ostras e siris.
Praias
Praia Grande da Cajaíba (900m)
A orla da praia caracteriza-se pela presença de grandes
blocos de pedra e extensos costões rochosos, atraindo diversificados
e atraentes cardumes. Local muito procurado como ponto de mergulho,
devido às águas límpidas e profundidade adequada.
A cerca de 400m da praia, acessível por trilha na mata,
existe uma bela cachoeira para revitalizantes banhos de água
doce.
Praia
Vermelha: ponto de partida para passeios de saveiro
Praia da Preguiça (300m)
Situada a 90 minutos do cais de Paraty, dentro do Saco da
Velha, é uma das paradas mais agradáveis e concorridas
do roteiro náutico da cidade. Próxima à praia,
existe uma pequena gruta com piscina de água salgada e
fundo de areia, águas claras e ambiente agradável.
Fica em frente à Ilha do Algodão, a maior da Baía
de Paraty.
Praia Vermelha (450m)
A 60 minutos de Paraty é uma das mais concorrida pelos
passeios em saveiros. Possui larga faixa de areias brancas e finas,
banhada por ondas suaves, excelente para banhos. A praia possui
bar e chuveiro de água doce, aproveitando nascente próxima.
Fica dentro de uma enseada abrigada e emoldurada por farta vegetação,
dando um toque selvagem e primitivo ao lugar.
Ecoturismo
Trilha da Pedra Branca
Quem quiser desfrutar das belezas naturais dessa trilha vai ter
de suar; afinal, são nove horas de caminhada (ida e volta).
Mas o esforço vale (muito) a pena. Margeada por belas cachoeiras,
a trilha apresenta excelentes pontos de banho e uma vegetação
diversificada que conta com bromélias, palmeiras e uma
porção de espécies raras. Durante a caminhada,
encontram-se algumas ruínas como a primeira hidrelétrica
de Paraty, e, no ponto alto do passeio, é possível
avistar toda a Baía de Paraty. Imperdível!
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