(Arquivo NB)
O
Pantanal é a maior área continental inundável
do planeta, um ecossitema de 140 mil hectares, uma área
equivalente a Portugal. Reconhecido pela Unesco como patrimônio
da humanidade abriga 300 espécies de peixe, 95 de mamíferos,
167 de répteis, 35 espécies de anfíbios e
650 de aves. Muitas espécies em extinção
em outras áreas do País encontram neste ambiente
o cenário ideal para a sua reprodução: onças-pardas,
araras, capivaras, tamanduás-bandeira, tamanduás-mirim,
lobos guará, veados-mateiro podem ser vistos em bando,
passeando livremente.
A beleza
proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo
o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários
municípios da região.
A maior
parte do Pantanal está na região oeste do Estado
do Mato Grosso do Sul e a principal porta de entrada para o Pantanal
Sul Mato-Grossense é a capital Campo Grande, mas em alguns
casos o turista pode chegar via aérea por Corumbá
ou via terrestre passando pela região de Bonito.
Bonito
é um verdadeiro aquário natural. Passeio imperdível
para quem gosta de mergulhar.As formações de pedras
calcáreas da serra da Bodoquena garantem visibilidade às
águas, permitindo que se veja de perto cardumes de peixes
coloridos, como piraputangas e dourados.
As
águas do rio Paraguai e seus afluentes formam extensas
áreas inundadas que servem de abrigo para peixes, como
o pintado, o dourado, pacu, piranhas e jacarés. É
o destino certo para os praticantes de pesca esportiva.
Geografia
O clima
é quente no verão, com temperatura média
em torno de 32°C, e frio e seco no inverno, com média
em torno de 21°C, ocorrendo, ocasionalmente, geadas nos meses
de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo,
o clima e o regime hidrográfico da região favoreceram
o desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais
que povoam abundantemente toda sua extensão.
Santuário
ameaçado
O Pantanal
tem passado por transformações lentas mas significativas
nas últimas décadas. O avanço das populações
e o crescimento das cidades são uma ameaça constante.
A ocupação desordenada das regiões mais altas,
onde nasce a maioria dos rios, é o risco mais grave. A
agricultura indiscriminada está provocando a erosão
do solo, além de contaminá-lo com o uso excessivo
de agrotóxicos. O resultado da destruição
do solo é o assoreamento dos rios (bloqueio por terra),
fenômeno que tem mudado a vida no Pantanal. Regiões
que antes ficavam alagadas nas cheias e completamente secas quando
as chuvas paravam, agora ficam permanentemente sob as águas.
Também causaram impacto no Pantanal o garimpo, a construção
de hidreléricas, o turismo desorganizado e a caça,
empreendida principalmente por ex-peões que, sem trabalho,
passaram a integrar verdadeiras quadrilhas de caçadores
de couro. E, além de medidas de proteção
ambiental tomadas pelo governo, é preciso que a população
e os turistas tomem consciência da preservação
ecológica para que esse paraíso absolutamente brasileiro
continue sendo motivo de orgulho e admiração por
toda a humanidade.
A
riqueza do Pantanal
A natureza
faz repetir, anualmente, o espetáculo das cheias, proporcionando
ao Pantanal a renovação da fauna e flora local.
Esse enorme volume de água, que praticamente cobre a região
pantaneira, forma um verdadeiro mar de água doce onde milhares
de peixes proliferam. Peixes pequenos servem de alimento a espécies
maiores ou a aves e animais. Quando o período da vazante
começa, uma grande quantidade de peixes fica retida em
lagoas ou baías, não conseguindo retornar aos rios.
Durante meses, aves e animais carnívoros (jacarés,
ariranhas etc) têm, portanto, um farto banquete à
sua disposição. As águas continuam baixando
mais e mais e nas lagoas, agora bem rasas, peixes como o dourado,
pacu e traíra podem ser apanhados com as mãos pelos
homens. Aves grandes e pequenas são vistas planando sobre
as águas, formando um espetáculo de grande beleza.
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