(Texto: Ilton
Toshio Nomura | Fotos:Divulgação)
Em
uma pescaria, são muitos os fatores de sorte, como tempo bom, água
no nível certo, pressão atmosférica, ponto de pesca
na hora certa, isca, enfim... Variáveis que costumam, muitas vezes,
fugir do controle, tanto para os mais veteranos, como aos iniciantes.
Caio
Yamaguchi e Miguel Onitsuka |
Porém,
a turma dos Caras, grupo que teve raízes na família
Onitsuka, com o pescador Caio Yamaguchi, do Banco de Tóquio, proliferou
os seus galhos para fronteiras muito além da amizade. Isso significa
que, ao marcar uma pescaria, pelo menos três reuniõezinhas
vão ser realizadas. Uma para confirmar, outra para dar as dicas
e outra ainda para definir os últimos detalhes.
Esses
encontros são realizados com a turma em um churrasco, uma petiscada
ou um jantar sempre ao sabor das cervejas geladas e das conversas fiadas!
As recordações dos peixes que escaparam da última
vez, os novos modelos de iscas que compraram, os equipamentos, as dicas...
Tudo num ambiente de camaradagem e alegria.
Estivemos
na Serra da Mesa, pescaria que reuniu apenas parte da turma, uma vez que,
em época de férias, a pescaria acaba ficando em segundo
plano. Mas foi nesse clima de descontração que realizamos
também o 4º Torneio de pesca da Turma dos Caras, disputado
com muito afinco e garra pelos competidores.
Participaram
Augusto Kitasato, Danilo Minekawa, Fábio Pereira, Gustavo Kamiyama,
Roberto Minekawa, Thiago Sugiura, Thiago Morimoto e Victor Sugiura. Acomodados
em uma van exclusiva, entre goles de cerveja e petiscos, foram passando
o tempo até chegar na pousada.
Amanheceu
com chuva e, mesmo assim, todos estavam animados. Partiram em busca dos
troféus, num torneio ecológico, ou seja, o peixe seria medido
e solto para poder dar novas alegrias no futuro.
Largada
Logo de cara,
Victor e Roberto já começaram na frente, com tucunarés
entre 52 e 58 cm. A pescaria começava a ficar emocionante e o desafio
aumentava. Em seguida, Thiago Morimoto (Moti) pegou um nessa faixa e Fábio
não se intimidou: 57 cm!
À noite,
na pousada, alegria é o que não faltava. Augusto, já
veterano, contentava-se com a lanterna, contando causos para os mais jovens,
enquanto eles atentos ouviam e depois contavam suas proezas do dia de
pesca.
No dia seguinte,
novo entrave. A dupla Fábio/Tom pegou novo peixe na faixa de 58
cm e começava a encostar na dupla Victor/Roberto. Os outros competidores
esforçavam-se, mas não conseguiam chegar perto. Terminava
o segundo dia de competição.
Último
dia
Amanheceu
o terceiro e último dia numa chuva muito forte. Além disso,
um vento forte desestimulava os pescadores a sair para a sua jornada de
pesca, e o desânimo estava estampado na face dos participantes.
Mas a esperança ainda existia e eles, sorridentes, aguardavam a
melhora do tempo.
Tão
logo o tempo melhorou, os barcos foram saindo um a um em busca do cobiçado
troféu. A competição, que já estava acirrada,
tornou-se praticamente empatada quando o Augusto capturou um baita de
61 cm e mais de 4 kg de peso. Passado mais um tempo, seu parceiro, Thiago,
pegou outro com a mesma medida e um pouco mais pesado. Estava pintando
o grande campeão da pescaria. As outras duplas até fizeram
bonito, mas ninguém conseguiu superar o feito de Augusto e Thiago.
De noite, a
expectativa era grande e cada barco que vinha chegando era motivo de alívio
um para o outro. Na verdade foram três dias de pescaria maravilhosa
e todos ficaram muito felizes por estarem juntos novamente, grande finalidade
e objetivo da pescaria.
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